Esta Cattleya tigrina é uma época especial para os amantes da orquidofilia.
Depois de sermos agraciados com as floradas das purpuratas, chega a vez de apreciarmos as Cattleyas, tigrinas, leopoldii, enfim, como você queira chamá-mas.
Bom, esta da foto está comigo há tempos. Judiada que só ela, resolveu soltar seus cachos perfumados. A irmã dela este ano ficou quietinha, ao contrário do ano passado, quando floresceu bem. Engraçado, pesquisando aqui vi que não postei nada sobre ela ano passado. Tenho que me redimir, postando as fotos dela também.
Ficha da planta – Cattleya tigrina
Conhecida como: Cattleya guttata Lindley 1832 SUBGENUS Falcata SECTION Guttatae [Cogn.] Withner 1989; Sinônimos: Cattleya elatior Lindley 1831; Cattleya elatior Lindl. 1833; Cattleya granulosa Lindley var. russeliana Lindley; Cattleya guttata var. caerulea L.C.Menezes 1993; Cattleya guttata var. elatior (Lindl.) Fowlie 1977; Cattleya guttata var. immaculata Rchb.f. 1886; Cattleya guttata var. leopardina Linden & Rodigas 1885; Cattleya guttata var. purpurea Cogn. 1900; Cattleya guttata var. williamsiana Rchb.f. 1884; Cattleya guttulata Lindley; Cattleya leopoldii subsp. pernambucensis Brieger in ? ; Cattleya leopoldii var. immaculata (Rchb.f.) Fowlie 1977; Cattleya sororia Rchb.f. 1888; Cattleya sphenophora Morr. 1848; Cattleya tigrina A. Rich. 1848; Cattleya tigrina var. caerulea L.C.Menezes 1993; Cattleya tigrina var. immaculata (Rchb.f.) Braem 1984; Cattleya tigrina var. leopardina (Linden & Rodigas) Braem 1984; Cattleya tigrina var. purpurea (Cogn.) Braem 1984; Cattleya tigrina var. williamsiana (Rchb.f.) Braem 1984; Epidendrum elatius Rchb.f 1862; Epidendrum elegans Vell. 1825 [1790]; Origem: Sul do Brasil – entre 0 e 100 metros de altitude; Planta: 10~50 centímetros; Flor: 5~10 centímetros; Época de floração: primavera, verão; Longevidade das flores: 10~20 dias; Fragrância: sim; Luminosidade: média; Umidade: média; Temperatura: média;
A Maxillaria tenuifolia Nigra estava há tempos na lista de desejos.
Finalmente encontrei uma ao vivo e a cores, coisa que garantiria que ela realmente é a variante escura da espécie. Não tive dúvidas, trouxe para casa. Fiquei tentado a trazer a variedade alba, mas acho que cometi o erro de achar cara demais e não trazê-la. Sabe-se lá quando terei a oportunidade de achar novamente a alba florida.
Ficha da planta – Maxillaria tenuifolia Nigra
Conhecida como: Maxillaria tenuifolia Lindley 1837; Sinônimos: Maxillaria gracilifolia Kraenzel 1927; Maxillariella tenuifolia (Lindl.) M.A. Blanco Carnevali 2007; Origem: México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica – entre 0 e 1500 metros de altitude; Planta: 10~50 centímetros; Flor: 4~5 centímetros; Época de floração: primavera, verão; Longevidade das flores: 10~20 dias; Fragrância: sim, coco; Luminosidade: média, baixa; Umidade: média; Temperatura: média, alta;
Esta Cattleya porphyroglossa veio da exposição de Joinville.
A grande vantagem de você conhecer o pessoal das exposições é poder chegar chegando. Entrei em um dos estandes, encontrei um grande amigo orquidófilo e já fui perguntando o que tinha de diferente.
Achei a planta muito bonita, principalmente o labelo. Além disto, em um leve aroma cítrico, que julgo ser meio puxado para a tangerina. E, o principal, é uma espécie, não híbrido, coisa que me atrai ainda mais. Vamos ver como ela se comporta no próximo ano e a florada de 2014. Se for como tenho visto por aí, vai ser bonita, vistosa e perfumada!
Ficha da planta – Cattleya porphyroglossa
Conhecida como: Cattleya porphyroglossa L. Linden & Rchb. f. 1856 SUBGENUS Falcata SECTION Granulosae [Fowlie] Withner 1989; Sinônimos: Cattleya batalini Sander & Kranzlin 1892[non-hybrid]; Cattleya dijanceana hort ex Rolfe 1902; Epidendrum porphyroglossum Rchb.f 1862; Origem: Brasil; Planta: 10~50 centímetros; Flor: 8 centímetros; Época de floração: primavera; Longevidade das flores: 15~25 dias; Fragrância: leve, parece mexerica (tangerina para os que não sabem o que é uma vina); Luminosidade: média; Umidade: média; Temperatura: média, baixa;
Dendrobium aggregatum este ano: 2 flores. Aí você esbarra em fotos na internet com vasos com centenas, talvez milhares de flores.
Não ligo muito, afinal, o importante é florir. E este ano vieram duas flores.
Gosto muito desta pequena orquídea. Tem uma cor que me agrada e uma textura interessante. Vamos ver se minha planta consegue crescer mais nos próximos anos e formar floradas incríveis como as vistas por aí.
Ficha da planta – Dendrobium aggregatum
Conhecida como: Dendrobium lindleyi Steud. 1840; Sinônimos: Callista aggregata (Roxb.) Kuntze 1891; Dendrobium aggregatum Rox. 1832; Dendrobium alboviride var. majus Rolfe 1932; Dendrobium lindleyi var. majus (Rolfe) S.Y.Hu 1973; Epidendrum aggregatum Roxb. ex Steud. 1840; Origem: Tailândia, China, Camboja Vietnã e região – entre 650 e 1300 metros de altitude; Planta: 10 centímetros; Flor: 2~5 centímetros; Época de floração: primavera; Longevidade das flores: 15~25 dias; Fragrância: leve; Luminosidade: média; Umidade: média; Temperatura: média, alta;
Faz um tempinho que não posto minhas plantas por aqui, então vamos de Restrepia brachypus!
Até existe um motivo plausível: fiquei um tempo sem floração por causa das reformas, frio e geada. Mas agora estão voltado a florir e é hora de falar sobre elas. No momento algumas já apresentam botões, outras já estão floridas e outras até fotografadas.
Aliás, câmera fotográfica novo. Estou definitivamente montando um mini estúdio para mostrar minhas plantas. Vamos ver se melhora um pouco.
Bom, Restrepia brachypus. Não conhecia, nunca tinha visto, mas me apaixonei. Vi na exposição de Curitiba e tive que trazê-la para casa. Não para mais de dar flores. Um exemplar muito interessante que irá me fazer procurar mais Restrepia’s.
Ficha da planta – Restrepia brachypus
Conhecida como: Restrepia brachypus Rchb. f. 1886 Restrepia SUBGENUS Restrepia SECTION Restrepia; Sinônimos: Pleurothallis hawkesii Flickinger 1963; Renanthera striata Rolfe 1892; Restrepia antennifera Lindl. 1859; Restrepia antennifera subsp. striata H. Mohr 1996; Restrepia hawkesii Flickinger 1963; Restrepia striata Rolfe 1891; Origem: Venezuela, Peru, Equador, Boliívia e Colômbia – entre 1180 e 3200 metros de altitude; Planta: 6 centímetros; Flor: 3 centímetros; Época de floração: inverno, primavera; Longevidade das flores: 15 dias; Fragrância: não; Luminosidade: baixa; Umidade: alta; Temperatura: baixa; Dificuldade de cultivo: baixa;
Algumas micros, como esta Chytroglossa aurata, são muito interessantes.
O ano inteiro nos enganam, mostrando fragilidade e uma aparência que tende a ser muito mais negativa do que positiva. Em outras palavras, parecem definhar.
Aí vem a época de floração, a planta ganha volume, solta seus botões e reinicia o ciclo, me enganando por mais um ano.
A Chytroglossa aurata é uma boa fazedora de pegadinhas. Toda hora me engana. Mas no final eu gosto de ser enganado por ela pelo resultado.
A cultivo sobre uma pequena plaquinha de madeira, e parece ter sido suficiente para ela.
Ficha da planta – Chytroglossa aurata
Conhecida como: Chytroglossa aurata Rchb.f. 1863; Origem: São Paulo e Rio de Janeiro – entre 800 e 1000 metros de altura; Planta: Epífita, 10 centímetros; Flor: 1,3 centímetros; Época de floração: inverno; Longevidade das flores: 20 dias; Fragrância: não; Luminosidade: baixa; Umidade: média; Temperatura: média; Dificuldade de cultivo: baixa;
Muito tempo se passou desde que vi meu primeiro Pleurobotryum crepinianum.
Muitas mudas também se foram, fruto de problemas externos ou falta de cuidados mesmo.
Este ano consegui algumas mudas do original. E, supostamente, da versão alba. Separei a variante alba da planta em um lugar bem específico, neste caso, nó de pinho. Queria ver se finalmente conseguiria vê-la florida. Eis que finalmente a florada veio, mesmo com todos os problemas do inverno. Impossível descrever a beleza desta planta, só conhecendo-a ao vivo mesmo.
Vale cada dia de cuidado ao longo do ano.
Ficha da planta – Pleurobotryum crepinianum var. alba
Ow, após um rigoroso inverno e muitas floradas e plantas congeladas, novas flores começam a surgir no jardim. Hoje irei mostrar esta fantástica planta, antes chamada de Vanda, hoje mais conhecida como Trudelia cristata.
Pode não parecer, mas é uma planta de cultivo fácil, que cresce mais ou menos aérea. Na verdade, pode ser considerada até rupícola, dependendo da vontade do cidadão que a está cultivado. Gosta de uma sombra moderadamente alta, algo em torno de 60%. Devido ao seu cultivo diferenciado, requer mais cuidados em relação as regas, principalmente se cultivada de forma aérea. Tenho curiosidade de cultivá-la assim quando finalmente terminar os arremates no orquidário.
Aliás, o novo orquidário já enfrente uma praga bem irritante. Gambás. Sim, eles comem as plantas e deixam tudo com um cheirinho agradável, daqueles que imaginamos quando assistimos os bons e velhos desenhos clássicos da Warner…
Ficha da planta – Trudelia cristata
Conhecida como: Vanda cristata Lindl. 1828 SECTION Cristatae; Sinônimo: Aerides cristatum (Lindl.) Wall. ex Hook. 1890; Luisia striata (Rchb.f.) Kraenzl 1893; Trudelia cristata (Lindl.) Senghas 1988; Vanda striata Rchb. f. 1868; Origem: Bangladesh, Índia, Nepal, Butão, Tibet e China – entre 600 e 2300 metros de altitude; Planta: Epífita, rupícola e até aérea, 15 centímetros; Flor: 2,5~5 centímetros; Época de floração: inverno, primavera; Longevidade das flores: 20 dias; Fragrância: sim; Luminosidade: média, baixa; Umidade: média, alta; Temperatura: média; Dificuldade de cultivo: baixa;
Depois de meses de obras tipicamente brasileiras, ou seja, demoradas e ainda não finalizadas, eis que a cara do novo orquidário aqui de casa já pode ser minimamente percebida.
Aos que não se lembram, eu tinha uma estrutura de madeira e sombrite em um terreno fortemente inclinado, o que não facilitava a organização interna das plantas. O que fazer? Optei por colocar tudo no chão e nivelar o terreno, para então colocar uma nova estrutura.
No começo imaginava que era uma tarefa das mais fáceis, afinal, tirar um pouquinho de terra ali, colocar aqui, e pronto, tudo retinho e bonitinho.
A realidade é mais cruel do que parece. Após desmontar todo o orquidário, tirar mais de 400 vasos e pensar na meleca que eu tinha me enfiado, não me restou muito a não ser cavar. Como o terreno é inclinado, tive que fazer uma mureta de contenção para poder preencher corretamente o espaço do orquidário com terra.
Aqui cabe uma ressalva, tudo que foi feito neste espaço foi realizado por minha esposa e eu. Ninguém colocou o pé aqui em casa para participar desta obra. Aqui temos o pensamento que, se podemos fazer, porque vamos pagar alguém para isto? E neste pensamento fomos construindo a mureta, a escada, fomos preenchendo os espaços com terra e vimos que, ao nivelar, acabamos por descobrir toda a base do muro ao redor do local. O resultado? Mais tijolo e cimento para cobrir todas as partes “desnudas” e deixar o ambiente totalmente envolto com apenas tijolos, e não terra.
Cava daqui, cava dali, mede daqui, mede dali, aos poucos o terreno foi sendo nivelado. A quantidade absurda de terra que foi transferida de um lado para o outro não passava pela minha cabeça. Imaginava que era só cavar um pouquinho que tudo já estava pronto. Ledo engano, era terra pra dedéu. O que era para ser uma reforminha começou a ter traços de uma construção faraônica. Muros, escadas, nivelamento, piso de concreto, vigas, chapisco, uma série de coisas que fomos aprendendo com o tempo, ou relembrando de experiências passadas (aqui temos mania de colocar a mão na massa mesmo).
Fácil? Não. Se considerarmos que o orquidário fica no fundo do terreno, cerca de 75 metros da rua e fortemente inclinado, o construir não é tão maçante quanto carregar o material. Areia, cimento e brita, morro acima, várias e várias vezes. Muitas vezes parávamos por exaustão, afinal, finais de semana ficavam curtos para tanto trabalho e o corpo despreparado não ajuda.
Enfim, o serviço terminou. O terreno estava nivelado, cimentado onde deveria estar e bem ajeitadinho. E a estrutura?
No começo pensava em construir uma estrutura de PVC, por imaginar que o sistema de encaixe por si só já bastaria para fazer uma cobertura e as bancadas, tudo integrado. Amadureci bastante esta ideia, mas quando fui colocar na ponta do lápis vi que o valor não compensava todas as adaptações que eu teria que fazer, além da beleza do conjunto, que certamente deixaria a desejar.
Cedi aos pedidos da minha esposa de construir uma estrutura como toras autoclavadas de eucalipto e saí a caça do melhor preço. Optei pelo básico, 4 toras de sustentação, 2 transversais e toras mais finas na cobertura. O objetivo deste tipo de cobertura? Simular o 50% de proteção do sombrite, só que de uma forma diferente. A ideia é simples: colocar uma tora sim outra não na cobertura do orquidário.
Por não ser uma estrutura barata, eis que demorou mais um pouco para conseguir todo o material. Eis que no último mês a tarefa foi realizada e o material foi comprado.
E agora José? Tinha que levar todas as toras para o fundo do terreno. Foram 4 toras de 3 metros/22cm, 2 toras de 6 metros/20cm e mais 30 toras de 5 metros/10cm. É muito peso.
Depois de uma semana de carregamento, contando com ajuda para as duas de 6 metros, eis que o trabalho recomeçou. Buracos preparados, toras posicionadas, formão preparado e funcionando e muito, muito suor depois, eis que a estrutura está pronta.
E agora? Agora vou montar bancadas, colocar a parte elétrica, pintar onde deve ser pintado, tratar a madeira, enfim, dar os arremates onde for necessário para que possa dizer que o orquidário está finalizado.
A Coelogyne cristata já floresceu várias vezes em casa, sempre com floradas exuberantes.
Tenho alguns vasos em casa, é uma planta de desenvolvimento rápido e fácil, muito aconselhada à aqueles que estão começando uma coleção. Forma grandes touceiras, que fazem com que o suas floradas sejam dignas de exposição.
Cultivo em vasos muito velhos de xaxim, coisa de mais de 30 anos de idade. Parecem gostar deles. Todas ficam embaixo de árvores, pois ali seu desenvolvimento parece melhor para mim.
Ficha da planta – Coelogyne cristata
Conhecida como: Coelogyne cristata (Lindley 1821 SECTION Coelogyne); Sinônimos: Cymbidium speciosissimum D. Don 1825; Pleione speciosissima (D.Don) Kuntze 1891; Origem: Ásia – Himalaia, Nepal, Butão, Java e região – entre 1500 e 2600 metros de altura; Planta: Epífita, 15~20 centímetros; Flor: 7~13 centímetros, várias por haste; Época de floração: entre agosto e outubro. A minha floresce sempre em agosto; Longevidade das flores: 30~40 dias; Fragrância: sim; Luminosidade: média, baixa; Umidade: média; Temperatura: baixa; Dificuldade de cultivo: baixa.