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Cuidados com as orquídeas no outono e no inverno

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Não é segredo para ninguém que este ano minhas plantas estão sofrendo com o frio um pouco acima da média aqui em Curitiba.

Mas Luis, você sabe que Curitiba é uma cidade fria, não? Sim, você está certo, Curitiba é a mais fria das capitais brasileiras. Entretanto, há tempos não víamos um inverno tão rigoroso como o deste ano (artigo de 2013). Pelo que andei lendo, casou o fato de que este ano não tivemos uma grande influência do El Niño e nem da La Niña, deixando nosso clima como era há alguns anos. Lembro-me de um frio assim apenas quando eu era pequeno, e olhe lá. Os últimos dois ou três invernos pareciam mais veranicos, de tão quentinhos que estavam.

E as plantas? Pois bem, as plantas sofrem.

Cometi o erro de começar a reformar todo o orquidário antes do inverno. Como nem tudo sai como o planejado, faltou tempo e grana para terminar tudo o que eu queria fazer. Desde maio veio me arrastando para terminar o básico para voltar minhas plantas para o lugar. Enquanto isto, elas estão amontoadas no meio do quintal, sob um gazebo que não protege nada de coisa nenhuma.

E veio o inverno.

Não tinha me preocupado com isto pois nos últimos anos minhas plantas nem orquidário tinham e estavam sempre bem. O frio não era intenso, geadas eram muito raras, portanto para que eu deveria me preocupar?

Entrei bem.

Este ano (o artigo é de 2013) tivemos o inverno mais rigoroso dos últimos tempos. Geadas constantes, frio abaixo de zero e até a neve resolveu dar as caras por aqui, depois de mais de 30 anos.

Resultado parcial desta encrenca: todas as plantas que estavam em vias de florir abortaram. Todas as sementes que estou há tempos tentando gerar abortaram. Todas as folhas que pegaram um pouco de geada foram perdidas. Plantas inteiras viraram pó.

Mas o que podemos fazer para evitar isto? A resposta é fácil: ambiente fechado, controlado e aquecido! Acontece que pobres mortais como eu não podem ter uma estrutura de orquidário comercial. Como resolver? É simples.

Ambiente

Você tem uma coleção pequena e espaço dentro de sua casa? Há previsão de geada ou frio em demasia? Coloque suas plantas dentro de casa. Problema resolvido. Pena que este caso não representa a totalidade dos orquidófilos amadores. Muitos tem plantas demais ou espaço de menos. O que fazer?

Se não for possível recolher suas plantas, analise a possibilidade de cobri-las com plástico agrícola. Isto evitará possíveis transtornos com a geada e com o vento frio. Qualquer estrutura básica serve. Lembre-se que é muito melhor deixar as plantas meio “amassadas” por um período do que perdê-las por causa do frio.

Se você tem uma estrutura própria, melhor ainda. É só cobrir a estrutura com plástico. Lembre-se das laterais, afinal, de nada adianta evitar que elas recebam a geada e o vento fazer todo o estrago.

Tente não sufocar as plantas pois, em contrapartida, é muito importante a areação do meio em que elas estão para evitar que a umidade faça com que fungos e bactérias tenham um meio fácil para atacar suas plantas. Aliás, faça um controle mais cuidadoso de pragas, evitando assim que elas aproveitem a debilidade das plantas para atacar.

Adubação

Muitos aqui irão divergir nas opiniões. Há quem recomende que a adubação deve parar neste período. Outros defendem que ela deve continuar em menor escala. Particularmente, eu optei este ano por parar a fertilização, não porque não gostaria de fazê-la, e sim porque na bagunça que tudo está em casa é mais fácil assim. Lembre-se apenas que no inverno a tendência das plantas é absorver menos, ou mais lentamente, devido ao metabolismo delas estar mais “preguiçoso”. Portanto, a mesma dose de adubo normalmente utilizada não é necessária.

Você pode ler mais sobre adubação clicando nos links abaixo, são textos mais antigos, mas dão uma ideia:

Água

Dias curtos, menos luz solar, frio, metabolismo mais lento. Todos estes fatores servem para você ter cuidado com a quantidade e a frequência das regas que irá realizar. Com o metabolismo mais devagar, a planta irá absorver menos água. Com o dia mais curto, a evaporação será mais lenta. Com o frio, a possibilidade de que a água que sobra no vaso faça mal a planta é grande. Vejam bem, eu perdi plantas por congelamento! Imagine o que um vaso com muita água irá fazer com sua plantinha! O ideal é regar menos, visto que a necessidade de água é menor. Assim, problemas com fungos e bactérias serão evitados e o risco de congelar uma planta será menor. E o mais importante: se for regar suas plantas, opte por dias mais quentes, com Sol e principalmente pela manhã, para que a água que sobra tenha tempo de evaporar.

Por fim, evite podas e transplantes nesta época. O ideal é manter sua planta confortável, sem incomodá-la com mudanças bruscas como estas. Lembre-se que elas são seres vivos e sentem tudo que acontece com elas. E reagem a isto.

Abraços!

Quando devo replantar minha orquídea?

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Eis que você olha para um vaso qualquer e, por algum motivo, acaba se perguntando: devo replantar esta orquídea?

Orquídeas depois de adultas, em geral, não precisam de replantes frequentes. É por este motivo que vemos vasos com touceiras enormes por aí, principalmente em exposições. Eu mesmo tenho uma Coelogyne cristata que está há uns 30 anos do mesmo jeito que foi plantada, e floresce vistosamente todo ano.

Afinal, quando replantar?

Normalmente, orquídeas só irão precisar de replante por causa de um destes três motivos: quebra do vaso, substrato vencido ou quando a planta está grande demais para o espaço onde ela se encontra.

Vaso quebrado

No caso de você ter a infelicidade de quebrar um vaso, sua substituição é inevitável para o bem estar da orquídea. Normalmente, isto acontece mais vezes quando utilizamos vasos cerâmicos. Vasos plásticos ou cachepots tendem a ser um pouco mais resistentes quando o assunto é quedas ou esbarrões. Claro que tudo irá depender da planta que você está cultivando nele, portanto é importante saber qual o vaso que melhor se adequa àquela planta em especial. Você pode ler um pouco mais sobre vasos neste artigo, clicando aqui.

Substrato vencido

Se sua planta estiver definhando, apresentar raízes mortas ou um aspecto geral diferente daquele que você está acostumado, pode ser que a mistura de substrato que você está utilizando esteja vencida. Entenda a palavra vencida como fora dos padrões para a sobrevivência daquela planta. Isto pode ser porque o substrato esfarelou demasiadamente com o tempo, impedindo a aeração das raízes, ou até sua decomposição natural o ter tornado ácido demais. Leia mais sobre substratos neste artigo, clicando aqui.

Vaso se tornou pequeno

Por fim, sua orquídea pode estar grande demais e esteja saindo do vaso, ficando parcialmente aérea. Para a grande maioria das espécies, isso não é um problema, muitas vezes se resumindo a um problema de estética e organização. Se sua planta estiver com uma parte fora do vaso mas estiver crescendo bem e florescendo, ela está bem, portanto não precisaria de replante. Mas aí vai de cada orquidófilo: eu mesmo tenho algumas totalmente fora do vaso e não tenho intenção nenhuma de mudá-las de lugar. Mas também tenho outras que vi que um bom vaso novo (e maior) seria muito bom para elas, e efetuei o replante.

Alguns exemplos de replante – Ainda com o vaso original
Outro exemplo de replante, mas com a fibra original
Outro replante

A regra é pensar sempre no vaso como um local para acomodar as raízes e não a parte aérea da planta.

Bom, depois de ler este texto, se você decidiu efetuar o replante de alguma orquídea, deve estar se perguntando: como faço isso? Para sanar esta dúvida, que tal ler meu artigo sobre como replantar sua orquídea?

Abraços

Adubação de orquídeas

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Substratos (4) – Cascas, lascas, troncos e madeiras em geral
Substratos (4) – Cascas, lascas, troncos e madeiras em geral

Estes dias me questionaram sobre a forma que adubo minhas plantas.

Confesso não ser uma pessoa muito metódica neste aspecto. Na verdade, comecei a adubá-las há cerca de 6 meses apenas, mais para dar uma força àquelas mais fracas do que para as outras, afinal, quase todas estão indo bem.

Hoje utilizo o Peters na concentração 20-20-20, fabricado pela Scotts. Fiquei entre o Peters e o Plant Prod, mas como obtive mais informações do Peters, resolvi ir no certo do que no duvidoso.

O Peters (e adubos equivalementes), a contrário dos NPK’s que são vendidos nas floriculturas em geral, é composto por mais que apenas o NPK. Nele há a adição de micronutrientes, tão importantes quanto os macronutrientes (NPK) para as orquídeas.

A composição do Peters é a seguinte:

  • nitrogênio (N) 20%
  • fosfato (P2O5) 20%
  • potássio solúvel (K2O) 20%
  • Magnésio (Mg) (Total) 0,05%
  • Boro (B) 0,0125%
  • Cobre (Cu) 0.0125%
  • Ferro (Fe) 0,0500%
  • Manganês (Mn) 0,0250%
  • Molibdênio (Mo) 0,0050%
  • Zinco (Zn) 0,0250%

Futuramente farei um post sobre a importância de cada um dos nutrientes acima, por hora é importante saber apenas que eles são importantes e que devem ser usados na quantidade certa. Aliás, até o pH da água deve ser corrigido para maximizar sua absorção, mas isso é outra história (post futuro). São muitos os fatores que interferem na adubação.

A quantidade que utilizo é cerca de 1/2 grama por litro. O recomendado pelo fabricante é o dobro disto, mas gosto de ter uma boa margem de segurança, afinal, adubo de menos não ocasiona problemas. Adubo em demasia pode matar a planta.

Para aplicação utilizo um pulverizador, daqueles de pressão manual. Ele possui oito litros, ou seja, com duas “garrafadas” (16 litros) consigo pulverizar todas as plantas do meu orquidário.

Tenho o costume de adubá-las à tardinha. Dou preferência para dias chuvosos, em que choveu bastante durante o dia, fazendo com que o substrato de todas esteja bem úmido e os estômatos das plantas estejam abertos. Caso a chuva natural não aconteça e esteja na hora de adubá-las, sempre as molho antes, até encharcar. Desta forma evito que o adubo concentre em uma parte do vaso ou em alguma folha, pois ele vai escorrer melhor. Além disto, a planta irá absorvê-lo melhor, visto que a rega prévia também irá abrir seus estômatos.

Lembro que em algumas plantas tenho usado o Superthrive como teste, conforme expliquei em outros posts. Mas isto é outra história.

Acho que o grande lance da adubação é que, se for pecar, que seja pela falta. Se você tem dúvidas, coloque menos. A planta não vai morrer por pouco adubo. Aliás, isto não vai fazer diferença, ela irá aproveitar da mesma forma. Entretanto, a superdosagem pode matá-la. Evite utilizar nas horas mais quentes do dia. Isto também pode prejudicá-las.

Enfim, a forma que tenho feito a adubação em casa tem me dado resultados interessantes. Mas é apenas a minha maneira. Conheço pessoas que fazem de formas diferentes e também obtém sucesso. Acho que vai de cada um.

Por fim, lembro que sou de Curitiba, a capital mais fria do Brasil. Aqui a umidade é alta e, exceto o verão, temos sempre um friozinho em algum momento do dia. As plantas demoram mais a secar e também demoram mais a precisar de água. Quem mora em uma região mais quente provavelmente terá que fazer de uma forma um pouquinho diferente, pelo menos no que diz respeito à hidratação da planta.

Acho que é isto, por enquanto.

Em breve devo escrever mais sobre este assunto.

Abraços!

O fascinante mundo dos Bulbophyllum – dicas de cultivo

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Antes de entender como cultivar Bulbophyllum, é importante como funcionam seus habitats. Ou pelo menos um deles, o asiático. O continente asiático apresenta muitos contrastes climáticos. O norte de seu território é coroado pelo Círculo Polar Ártico e ao sul pelo Equador. Devido à variação de altitude, o continente asiático possui desde climas quentes até o mais frio. O relevo também é outro fator de grande influência, pois as montanhas e planaltos fazem as médias térmicas diminuírem, o que justifica o aparecimento de neves eternas. Os ventos contribuem bastante na distribuição das chuvas, principalmente no sul e sudeste asiático, onde sopram as monções.

orquideas-eco-br-clima-asiatico

Na Ásia existem os seguintes tipos climáticos:

Clima equatorial

Compreende a estreita faixa próxima ao equador, como a Península Malais, Península da Indochina, uma parte da Índia e das ilhas Sumatra, Borneou, Nova Guiné e Filipinas. Devido às altas temperaturas e a umidade, a Ásia Equatorial e a Ásia das Monções possuem uma vegetação original densa e com árvores de grande porte. A savana aparece nas áreas próximas às florestas tropicais e equatoriais. Onde as temperaturas anuais possuem média de 25°C a 27°C. É um clima quente chuvoso, com umidade relativa em torno de 80%.

orquideas-eco-br-clima-equatorial

Clima subtropical

Ocorre em áreas do território chinês, Coreia do Norte, Coreia do Sul e no Japão. Estas florestas sofrem intensa exploração e ocupação humana e assim cada vez mais vamos perdendo espaços ricos de diversidade da fauna e principalmente a flora assim afetando a área onde os Bulbophyllum vegetam.

orquideas-eco-br-clima-subtropical

Como cultivar Bulbophyllum?

O cultivo de Bulbophyllum provenientes da ásia precisa, em grande parte, de boa claridade. Entretanto, não deve ser direta. Normalmente, 40% a 70% luminosidade é suficiente. Os meus, em sua grande maioria, estão em 50%. O ambiente deve estar constantemente úmido, quente e com boa ventilação.

Que substrato usar?

Depois de achar o local certo, a escolha do substrato correto é primordial para auxiliar no desenvolvimento dos Bulbophyllum. Eu uso musgo em 95% da minha coleção, pois meu ambiente é muito seco. Entretanto, cada planta tem suas necessidades e isto varia de ambiente para ambiente, então devemos observar cuidadosamente cada uma ser plantada. Além do musgo, os Bulbophyllum podem ser plantados em xaxim, pinus, macadâmia e também em um mix desses substratos. Se quiser ler mais sobre alguns destes substratos, clique aqui!

Onde plantar?

Existem várias formas (ou vasos, como queira chamar) para plantar Bulbophyllum. Se quiser ler mais sobre vasos, clique aqui. As imagens abaixo mostram alguns destes métodos:

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Torre – foto e criação Marcelo Invernizzi
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Cachepot
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Leque: recomendo para ambientes com umidade elevada ou plantas que não gostam de muita umidade.
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Placa ou palito de xaxim: com o passar do tempo começa a ficar rígido, seco e acido. Com isto, a planta começa a definhar. Particularmente não gosto de usar.
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Vaso de plástico: devido aos espaçados rizomas dos Bulbophyllum, estes rapidamente saem do vaso.
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Bisnaga de tela e pet: quando plantadas assim desenvolvem bem, porém a estética não é seu forte.
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Cuia: normalmente as utilizo antes dos pratos, quando as plantas são pequenas.
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Prato

Dicas de plantio

De todos os exemplos citados acima, o que mais gosto para cultivar os Bulbophyllum são os pratos. Vou mostrar como faço:

1º passo – Materiais necessários

  • A orquídea, obviamente. Vou utilizar um Bulbophyllum lilacinum;
  • Prato;
  • Musgo;
  • Faca ou tesoura com ponta (cuidado ao utilizar ambos);
  • E, se for pendurará-la, um suporte; Aqui uso o de plástico mesmo.
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Materiais necessários

2º passo

Faça de 10 a 15 furos conforme o tamanho do prato. Não precisa colocar brita como material de drenagem, pois o prato é e baixo. Os furos são grandes, do tamanho da ponta de um dedo, assim não há retenção de água e não há o risco do mosquito da dengue colocar seus ovos.

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Furos no prato

3º passo

Forre o fundo do prato com o musgo e coloque a orquídea próximo da borda, sem desfazer o “torrão”, e preencha o restante do prato com musgo sem compactar.

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Colocação do musgo

4º passo

Após colocar o musgo no prato e escorar a planta se necessário, coloque o suporte, a identificação e a acomode em um cantinho adequado no seu orquidário. No caso do Bulbophyllum lilacinum, utilizo um sombreamento de 50%.

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Pronto!

Abraços!

Enraizadores caseiros para orquídeas

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Quando falei sobre a utilização de calda de tiririca para estimular o enraizamento de orquídeas, muitas pessoas me perguntaram sobre outras receitas para obter um enraizador eficaz de uma forma fácil e barata.

Pois bem, existem outras formas de se obter o mesmo efeito. Entretanto, é importante ter em mente que utilizar um enraizador apenas porque acredita-se que assim as plantas serão melhores e mais fortes é um erro. O ideal é utilizar compostos enraizadores apenas quando há uma necessidade evidente de que, com isso, estaremos proporcionando à planta uma sobrevida, principalmente em casos de transplantes, doenças, debilitação, enfim, em casos bem específicos.

O objetivo de um enraizador é promover o surgimento e o crescimento das raízes principais e desenvolver maior número de raízes secundárias.

Receitas caseiras

Existem alguns enraizadores industrializados, como o SUPERThrive, que são caros e difíceis de achar. Entretanto, temos formas mais econômicas de obter o mesmo efeito, através de enraizadores naturais. A vantagem neste caso é que são 100% orgânicos, fáceis de fazer, econômicos e ecológicos. Vejamos alguns:

Chorume

Chorume é um subproduto de quem tem um minhocário, ou seja, de quem faz compostagem em casa. Em breve escreverei mais sobre este assunto, pois estou realizando compostagem em casa e quero usar o “xixi de minhoca” para adubação. Sua utilização é simples, bastando coletar o líquido escuro que fica acumulado no fundo do seu minhocário ou composteira.

Por ser orgânico, sua validade é curta. Recomenda-se colocar a solução em um recipiente escuro, vedado, e utilizar em até uma semana.

Vitamina ou complexo B1

Nada mais é do que o famoso medicamento Benerva, que pode ser adquirido em qualquer farmácia. Você também poderá manipulá-lo, caso queira aumentar a concentração ou queira o medicamento já em pó.

Para fazer o enraizador com Benerva você irá diluir em cerca de 750ml de água um comprimido de Benerva. A utilização é simples, basta você colocar a planta dentro desta solução durante algumas horas e pronto. Se sobrar um pouco, lembre-se que você deverá guardá-la em um recipiente escuro, não transparente, bem vedado, e a solução deverá ser utilizada em até uma semana.

Água de feijão

Esta é uma opção muito boa para quem gosta de cozinhar um bom feijão (meu caso, por sinal). Tenho o costume de deixar o feijão de molho durante algumas horas antes de cozinhá-lo. Pois bem, esta água na qual o feijão fica em repouso antes de seu cozimento pode ser usada como enraizador e até fertilizante.

Para utilizar a água de feijão você deverá optar por feijões mais novos, deixando-os de molho durante um período (uma noite, por exemplo). Separe o feijão da água e utilize o líquido conforme a sua necessidade.

Vale lembrar que você deverá dar preferência à uma água já filtrada, livre de cloro e fluor, elementos que podem prejudicar a eficácia do enraizador.

Água de feijão – versão turbinada

Você pode potencializar a água de feijão para obter um enraizador ainda mais potente. Depois de deixar o feijão de molho durante a noite, bata no liquidificador o feijão juntamente com a água na qual ele ficou. Filtre bem o liquido resultante e utilize de acordo com sua necessidade.

Novamente vale lembrar que você deverá dar preferência à uma água já filtrada, livre de cloro e fluor, elementos que podem prejudicar a eficácia do enraizador.

Café

Dentre as várias utilidades do café que, aliás, já comentei bastante aqui no site, outra delas é prover auxílio ao bom desenvolvimento das raízes.

Para fazer um enraizador baseado no café, basta você ferver os grãos de café ou café moído. Apenas um punhado é suficiente para um litro dágua. Filtre para eliminar a parte sólida da mistura, deixe repousar por algumas horas e utilize de acordo com sua necessidade.

Canela

Outro produto com diversas finalidade, também já discutidas aqui no site, é a canela. E como tal, não poderia deixar de ser um excelente enraizador.

Para fazer um enraizador baseado em canela, basta você adicionar três colheres de sopa de canela em pó em um litro dágua. Deixe a solução repousar durante e noite e filtre para eliminar a parte sólida da mistura. Depois, basta usar conforme sua necessidade.

Sementes de Soja ou Trigo

Além do feijão, a soja e o trigo também possuem propriedades enraizantes, pois durante sua germinação elas são capazes de gerar hormônios de enraizamento.

Para aproveitar estes hormônios, basta você deixar as sementes de molho em água (filtrada, lembre-se do cloro e flúor) na temperatura ambiente por algumas horas. Separe a água das sementes e reserve o líquido na geladeira. Triture as sementes com água filtrada e coe a solução, acrescentando no final a água que está na geladeira. Depois, use de acordo com sua necessidade.

Lentilhas

Talvez a semente que a maioria dos orquidófilos usam, a lentilha funciona de forma muito parecida com as sementes citadas acima, liberando hormônios durante a sua germinação.

Da mesma forma, para fazer a solução a ideia é a mesma: basta você deixar as lentilhas em repouso na água filtrada por algum tempo, até que você note que algumas começaram a germinar. Bata a água e as lentilhas e filtre para eliminar a parte sólida. Adicione mais um pouco de água filtrada para que não fique tão concentrada e utilize de acordo com a sua necessidade.

Tiririca

A tiririca mereceu um post só para ela aqui no site. O enraizante feito com a tiririca possui uma grande quantidade de ácido indol-acético, que estimula a formação das raízes. Mais detalhes você pode ler clicando aqui.

Referências

  • arbbis.com
  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br

Abraços!

Utilização de canela nas orquídeas

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À medida que vamos estudando e nos especializando mais em nosso hobby, vamos aprendendo algumas técnicas que, embora básicas, são muito úteis quando nos deparamos com algum problema. Muitas vezes estas técnicas são receitas simples e baratas, tornando-os acessíveis a qualquer pessoa do hobby.

Uma das técnicas mais úteis que conheço é a utilização da canela nas orquídeas. Entretanto, não é só sair usando na planta e pronto! É necessário saber em que casos a canela é útil e vai ajudar a sua planta a ter uma qualidade melhor de vida. Portanto, vamos entender o que a canela é capaz de fazer na sua orquídea.

Primeiramente, a canela é a especiaria obtida da parte interna da casca do tronco de algumas espécies do Gênero Cinnamomum. Muito utilizada em culinária como condimento e aromatizante e na preparação de certos tipos de chocolate e licores. Já na medicina é usada na forma de óleos destilados, sendo conhecida por “curar” constipações e gripes. O sabor e aroma intensos vêm do aldeído cinâmico ou cinamaldeído.

Já na orquidofilia (e outros cultivares também) ela apresenta uma série de benefícios no tratamento de infecções bacterianas e fúngicas, devido às suas propriedades de desidratação.

Bactericida e fungicida

Entretanto, é necessário saber como utilizar a canela. O uso incorreto da canela pode danificar seriamente uma orquídea, deixando aquela impressão de que a especiaria nunca deveria ser utilizada com orquídeas. Portanto, veja como ela pode ser utilizada:

  • A aplicação de canela em pó sobre as feridas de corte de folhas de orquídea pode evitar a reinfecção da folha restante;
  • A aplicação de canela em cortes e feridas de pseudobulbos e em outros tecidos danificados de uma orquídea seca a superfície rapidamente;
  • O tratamento de alguns tipos de podridão (como a podridão negra) é muito mais fácil quando canela é aplicada. Considerando que os fungos prosperam na umidade e alimentam-se dos sucos vitais de uma orquídea, a canela seca o tecido de tal forma que a podridão não tem um ambiente propício para sobreviver. Consequentemente, na maioria dos casos a infecção é contida e exterminadas. Remova a parte afetada com uma margem de segurança, isto é, ao cortar a lesão, inclua uma pequena parte de planta sadia. Isso diminuiu a possibilidade de deixarmos tecido contaminado. Coloque canela em pó na parte remanescente da planta e pronto!
  • Quando você descartar uma folha, espalhe canela em pó no local do corte. A canela é um cicatrizante muito eficiente;
  • A canela acelera o desenvolvimento de novas células. Pode-se usar a canela em pó logo abaixo das folhas, pois é um ótimo incentivador a brotação e, ao mesmo tempo, protegendo-as dos fungos;

Aqui em Curitiba compro canela no Mercado Municipal ou em lugares equivalentes que vendem por peso. Assim, torna-se um meio efetivo e barato de sanear suas orquídeas, visto que assim você terá uma boa quantidade a um preço bem baixo (bem, comparando com as que vendem nos supermercados é espantosamente mais baixo).

Abaixo, um vídeo (em inglês) sobre a utilização da canela nas orquídeas:

Referências

  • orchidnature.com
  • wikipedia.org

Abraços!

Chorume para adubar orquídeas

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Essa é para quem tem o costume de fazer compostagem caseira e não sabe o que fazer com o chorume.

Há muito tempo atrás conheci uma pessoa que utilizava biofertilizante em suas orquídeas. Depois de conversar com ela, entendi que o tal biofertilizante era o chorume proveniente da compostagem que ela realizava em casa. Ao questionar se o líquido resultante da compostagem era realmente bom para as orquídeas, ouvi atentamente a uma aula de como o chorume proveniente de composteiras caseiras é excelente e rico em nutrientes, além, é claro, de saber que ele é chamado de biofertilizante. Aliás, é bom frisar que, ao contrário do que muitos pensam, o chorume não é um contaminante quando composto apenas através da compostagem de matéria orgânica, ou seja, o que você faz em casa é um chorume do bem!

O chorume é gerado através da decomposição de matéria orgânica que, no caso de nossas residências, seria basicamente o resto de folhas, verduras, cascas de frutas e outros resíduos úmidos misturados à matéria orgânica mais seca, como grama, folhas secas, terra e por aí vai. Quando você compra uma composteira ou faz uma em casa (há vários tutoriais e vídeos na internet mostrando este processo), o último compartimento, chamado de caixa coletora, possui uma torneira para obtenção do líquido. É ali que seu biofertilizante será depositado enquanto as minhocas nos compartimentos acima trabalham sem parar. O líquido proveniente desta caixa não deverá ter cheiro ruim se a compostagem for realizada da forma correta, pois é resultado apenas de elementos orgânicos.

Como utilizar

A utilização para qualquer planta é simples, bastando diluir o líquido na proporção 10:1, ou seja, 10 partes de água para uma de chorume. Já para as orquídeas eu faria ainda mais diluído, mas isso vai de cada um, podendo ainda ser 10:1 sem apresentar problemas. Com o líquido já preparado, regue as orquídeas ou borrife as folhas, atentando-se ao fato de realizar este procedimento em horários em que o Sol não esteja tão forte.

Outras funcões

Um bônus ao utilizar chorume em suas plantas é que ele também funciona como repelente, ou seja, é possível que a incidência de insetos em seu cultivo seja menor após utilizar o produto.

Abraços

Tempo de maturação das cápsulas de sementes de orquídeas

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Informação nunca é demais.

Se você é daqueles que se aventuram com as cápsulas de orquídeas, sabe que cada espécie tem um tempo de maturação para que as sementes estejam prontas para a semeadura. Se estiver muito cedo, não brotam. Se estiver muito tarde, a cápsula estoura e você perde as sementes.

Para ajudar, eis uma tabela com o tempo de maturação das cápsulas de sementes de algumas espécies de orquídeas. Utilize as setas para navegar entre as páginas da tabela e, se necessário, o campo pesquisar para filtrar melhor os resultados. Divirta-se!

GêneroEspécieTempo
Adaaurantiaca200 dias
Aerangisarticulata5 - 6 meses
Aerangisbiloba270 - 280 dias
Aerangisbrachycarpa5 - 6 meses
Aerangiscalligera5 - 6 meses
Aerangiscitrata4 - 5 meses
Aerangisclavigera4 - 5 meses
Aerangiscoriacea5 - 6 meses
Aerangiscryptodon5 - 6 meses
Aerangiscurnowiana4 - 5 meses
Aerangisdecaryana4 - 5 meses
Aerangisdistincta240-260 dias
Aerangisellisii130 dias
Aerangisellisii5 - 6 meses
Aerangisfastuosa3 - 4 meses
Aerangisflabilifolia5 - 6 meses
Aerangisfuscata5 - 6 meses
Aerangishyaloides4 - 5 meses
Aerangiskirkii350 dias
Aerangiskirkii4 - 5 meses
Aerangiskotschyana5 - 6 meses
Aerangislaurentii5 - 6 meses
Aerangismodesta4 - 5 meses
Aerangismystacidii5 - 6 meses
Aerangisplatyphylla5 - 6 meses
Aerangisrhodosticta3 meses
Aerangissomalensis5 - 6 meses
Aerangisstylosa4 - 5 meses
Aerangisthompsonii5 - 6 meses
Aerangisugandensis3 - 4 meses
Aerangisumbonata4 - 5 meses
Aerangisverdickii5 - 6 meses
Aeranthesarachnites5 - 6 meses
Aeranthesdenticulata5 - 6 meses
Aeranthesfilipes6 meses
Aeranthesgrandiflora5 - 7 meses
Aerantheshenrici160 dias
Aerantheshenrici5 - 7 meses
Aeranthesimerinensis5 - 7 meses
Aerantheslongipes180 dias
Aerantheslongipes6 meses
Aeranthesneoperrieri6 - 7 meses
Aeranthesramosa160 dias
Aeranthesramosa5 - 7 meses
Aeridescrassifolia200 dias
Aeridesfalcata245 dias
Aeridesmultiflora260 dias
Aeridesodorata150-180 dias
Aeridesringens (radicosa)110 dias
Aeridesspp.150-180 dias
Amesiellaphillipenensis220 dias
Angraecumarachnites6 meses
Angraecumbicallosum9 - 11meses
Angraecumbreve9 - 11meses
Angraecumcomorense5 - 6 meses
Angraecumcompactum9 - 11meses
Angraecumcuculatum5 - 6 meses
Angraecumdidieri9 - 11meses
Angraecumeberneum5 - 6 meses
Angraecumelephantinum9 - 11meses
Angraecumequitans5 - 7 meses
Angraecumflorulentum5 - 7 meses
Angraecumgerminyanum5 - 6 meses
Angraecumgiryamae5 - 6 meses
Angraecumhumbertii5 - 7 meses
Angraecumleonis6 - 8 meses
Angraecumlongicalcar200-220 dias
Angraecumlongicalcar5 - 6 meses
Angraecummagdalenae5 - 6 meses
Angraecummahavavense5 - 6 meses
Angraecumobesum9 - 11meses
Angraecumpraestans5 - 6 meses
Angraecumprotensum5 - 6 meses
Angraecumpseudofilico5 - 8 meses
Angraecumrutenberg9 - 11meses
Angraecumscottianum5 - 7 meses
Angraecumsesquipedale5 - 6 meses
Angraecumsororium300 dias
Angraecumsororium5 - 6 meses
Angraecumsuperbum5 - 6 meses
Angraecumteretifolium5 - 6 meses
Angraecumtriquetrum5 - 7 meses
Angraecumxerophilum5 - 7 meses
Anguloaclowesii150-160 dias
Anguloauniflora260 dias
Anselliaspp.150-180 dias
Ascocentrumampullaceum180-190 dias
Ascocentrumcurvifolium130 dias
Ascocentrumspp.110-190 dias
Ascocentrumspp.120-200 dias
Ascocentrumampullaceum (x sib)366 dias
Aspasiavariegata235 dias
Barkerianaevosa (x sib)56 dias
Batemanniacolleyi130 dias
Bolleaviolacea220 dias
Bothriochilusbellus110 dias
Brassavolacucullata75-80 dias
Brassavolacucullata192 dias
Brassavollaperrinii90 dias
Brassavolanodosa70-75 dias
Brassavolaspp.120-150 dias
Brassiaspp.450 dias
Brassiaspp.170 dias
Broughtonianegrilensis56 dias
Broughtoniasanguinea32-34 dias
Broughtoniasanguinea80 dias
Broughtoniaspp.60-75 dias
Bulbophyllumspp.140-180 dias
Calantherosea160-180 dias
Calyptrochilumchristianum280 dias
Cattleyaamethystoglossa220 dias
Cattleyaaurantiaca 'Kumquat' AM/AOS (x self)73 dias
Cattleyabicolor250-270 dias
Cattleyabowringiana220 dias
Cattleyabowringiana (Harefield Hall x Jennie's)189 dias
Cattleyabowringiana coerulea (x self)169 dias
Cattleyachocoensis (x self)306 dias
Cattleyadormaniana180-200 dias
Cattleyaelongata55-60 dias
Cattleyaforbesii (x self)217 dias
Cattleyaharrisoniana180 dias
Cattleyairicolour220 dias
Cattleyajenmanii245 dias
Cattleyalabiata200-300 dias
Cattleyaloddigesii80-85 dias
Cattleyalueddemanniana200 dias
Cattleyamaxima240-270 dias
Cattleyaporphyroglossa (x self)178 dias
Cattleyaschilleriana120 dias
Cattleyaskinneri85-90 dias
Cattleyatrianae250 dias
Cattleyatrianae (x self)227 dias
Cattleyaunifoliate group120-200 dias
Cattleyaviolacea80-85 dias
Caularthronbilamellatum180-200 dias
Chamaeangishariotiana165 dias
Chiloschistausneoides165 dias
Chondrorhyncawailesiana160 dias
Chysisspp.140-180 dias
Chysisaurea190 dias
Chysisbractescens135 dias
Cirrhopetalumpicturatum140 dias
Cirrhopetalumspp.140-180 dias
Cochleanthesdiscolour180 dias
Cochliodanoezliana280-330 dias
Coelogyneflexuosa235 dias
Coelogynefragrans (x self)370 dias
Coelogynespeciosa330 dias
Comparettiamacroplectron200 dias
Cryptopuselatus6 - 8 meses
Cymbidiumsinense270 dias
Cymbidiumspp.280-360 dias
Cypripediumspp.30 dias
Cypripediumacaule90 dias
Cyrtopodiumspp.150-270 dias
Cyrtorchisarcuata8 - 10 meses
Cyrtorchischailluana7 - 9 meses
Cyrtorchispraetermissa9 - 11meses
Cyrtorchisspp.170 dias
Dendrobiumanosmum (superbum)160-250 dias
Dendrobiumaureum (x self)207 dias
Dendrobiumbrymerianum (x self)234 dias
Dendrobiumchrysotoxum (x sib)343 dias
Dendrobiumcrystallinum (x self)264 dias
Dendrobiumdevonianum160-250 dias
Dendrobiumfindlayanum (x self)210 dias
Dendrobiumfindlayanum (x self)233 dias
Dendrobiumformosum210 dias
Dendrobiumlituiflorum150-180 dias
Dendrobiumlituiflorum160-250 dias
DendrobiumMoschatum328 dias
Dendrobiumnobile150-180 dias
Dendrobiumnobile (& hybrids)200-220 dias
Dendrobiumnobile Cooksonianum( x self)210 dias
Dendrobiumnobile v. Virginalis (x self)224 dias
Dendrobiumparishii (x self)274 dias
Dendrobiumphalaenopsis120-140 dias
Dendrobiumphalaenopsis (& hybrids)120-150 dias
Dendrobiumpierardii (& pendulous spp.)180-210 dias
Dendrobiumsenile110 dias
Dendrobiumstratiotes150-200 dias
Dendrobiumstricklandianum (tosaense)120 dias
Dendrobiumsuperbiens150-200 dias
Dendrobiumsuperbiens (& hybrids)160-250 dias
Dendrobiumthyrsiflorum (x sib)182 dias
Dendrobiumtortile (x self)210 dias
Dendrobiumunicum200 dias
Diaphananthekamerunensis180 dias
Diaphananthepellucida5 - 6 meses
Diaphanantherutila5 - 6 meses
Dipteranthusestradae90 dias
Disphananthe180 dias
Domingoahymenodes90 dias
Doritispulcherrima65-70 dias
Doritispulcherrima" Buyssoniana" (x self)129 dias
Doritispulcherrima" Buyssoniana" (x sib)129 dias
Doritisspp.90 dias
Encycliaadenocaula195 dias
Encycliaalata260 dias
Encycliaaromatica160 dias
Encyclia140-160 dias
Encycliabelizensis180-295 dias
Encycliabelizensis240 dias
Encycliacochleata262 dias
Encycliacochleata170-180 dias
Encycliacochleata (x self)229 dias
Encycliacordigera "Pinkie" (self)203 dias
Encycliacordigera (atropurpurea)150-160 dias
Encycliacordigera (atropurpurea)140-160 dias
Encycliafragrans180 dias
Encycliaguatemalence265 dias
Encycliaglumacea (x self)208 dias
Encycliahanburyi295 dias
Encyclialancifolia280 dias
Encyclialivida305 dias
Encycliamariae (x sib)177 dias
Encycliamicrobulbon380 dias
Encycliapollardiana160 dias
Encycliaradiata220 dias
Encycliaradiata (x self)258 dias
Encycliasp. "novum WB Jalisco" (x self)222 dias
Encycliaspp.130-180 dias
Encycliatampense70-75 dias
Encycliatripunctata350 dias
Encycliavitellina110 dias
Encycliavitellina "Ben's AM" (self)91 dias
Epidendrumciliare (x sib)109 dias
Epidendrumcoriifolium150 dias
Epidendrumibaguense (fulgens)100 dias
Epidendrumlongispathum205 dias
Epidendrumpsudepidendrum90 dias
Epidendrumpsuedepidendrum150-180 dias
Epidendrumradicans65 dias
Epidendrumspp.100-120 dias
Epidendrumspp. (& hybrids)120-150 dias
Epidendrumstamfordianum90 dias
Eurychonegaleandrae4 - 6 meses
Eurychonerothschildiana170-180 dias
Eurychonerothschildiana5 - 6 meses
Galeandralacustris135 dias
Gongoraarmeniaca100 dias
Gongoraquinquenervis75 dias
Haraellaretrocalla170-180 dias
Jumelleaamplifolia6 - 8 meses
Jumelleaarachnanthe6 - 8 meses
Jumelleaarborescens6 - 8 meses
Jumelleacomorensis7 - 9 meses
Jumelleaconfusa6 - 8 meses
Jumelleadensifoliata7 - 9 meses
Jumelleagracilipes6 - 8  meses
Jumelleaibidyana6 - 8 meses
Jumelleamajor6 - 8 meses
Jumelleamaxillarioides6 - 8 meses
Jumellearigida6 - 8 meses
Jumelleasagittata140 dias
Jumelleasagittata6 - 8 meses
Jumelleateretifolia5 - 6 meses
Jumelleasagittata140 dias
Kefersteiniaparvilabris135 dias
Kefersteiniatolimensis140 dias
Koellensteiniatricolour205 dias
Laeliaalbida87 dias
Laeliaanceps120-150 dias
Laeliaanceps "Dawsonii Chilapensis" ( x self)116 dias
Laeliaanceps "Veitchiana" (x self)168 dias
Laeliaangereri "Red" (x self)98 dias
Laeliaautumnalis "Analilia" (x self)64 dias
Laeliaautumnalis ( sib - 017x022)105 dias
Laeliablumenscheinii135 dias
Laeliacinnabarina110-120 dias
Laeliaflava110-120 dias
Laeliagloedeniana300 dias
Laeliagouldiana (x self)124 dias
Laeliaharpophylla110-130 dias
Laeliaharpophylla110-120 dias
Laelialundii310 dias
Laeliaperrinii120-180 dias
Laeliapurpurata120-180 dias
Laeliarubescens120-150 dias
Laeliarubescens120-180 dias
Laeliasincorana (x self)219 dias
Laeliaxanthina120-180 dias
Lemboglossummaculatum180 dias
Lemboglossumspp.365-440 dias
Leochilusscriptus (x self)86 dias
Leptotesbicolour130-150 dias
Leptotestenuis325 dias
Leptotesunicolour (x self)185 dias
Lockhartialunifera85 dias
Lockhartiaspp.80-100 dias
Lycastebrevispatha200-220 dias
Macrocliniummanabinum90 dias
Masdevalliaamabilis100 dias
Masdevalliaangulata140-150 dias
Masdevalliacaudata130-145 dias
Masdevalliachaparensis130 dias
Masdevalliacoccinea135 dias
Masdevalliadecumana140 dias
Masdevalliaencephala135 dias
Masdevalliafloribunda130-150 dias
Masdevalliagarciae140 dias
Masdevalliahieroglyphica120 dias
Masdevalliaignea90-135 dias
Masdevalliainstar130-150 dias
Masdevallialeucantha120 dias
Masdevallialivingstoneana115 dias
Masdevalliamaculata145 dias
Masdevalliamaxilimax105 dias
Masdevalliamisasii140 dias
Masdevallianidifica145 dias
Masdevalliaova-avis135 dias
Masdevalliapachyura120 dias
Masdevalliapandurilabia120 dias
Masdevalliapatriciana105 dias
Masdevalliapicea160 dias
Masdevalliapicturata110 dias
Masdevalliapulcherrima120 dias
Masdevalliareichenbachiana150 dias
Masdevalliarosea100 dias
Masdevalliascobina150 dias
Masdevalliasorocula165 dias
Masdevalliastrobelii110-140 dias
Masdevalliatovarensis120-140 dias
Masdevalliatriangularis130 dias
Masdevalliaveitchiana130-150 dias
Masdevalliawageneriana120 dias
Masdevalliaxanthina120 dias
Masdevalliayungasensis100 dias
Masdevalliaspp.130-150 dias
Maxillariarufescens140 dias
Maxillariaspp.120-140 dias
Miltoniacandida120-140 dias
Miltoniaclowesii120-140 dias
Miltoniaflavescens120-140 dias
Miltoniaspectabilis120-140 dias
Miltoniopsisroezlii250-270 dias
Miltoniopsisvexillaria140 dias
Mystacidiummillarii165 dias
Neobathieafilicornu8 - 10meses
Neobathieaperrieri8 - 10meses
Neofinetiafalcata165 dias
Nephalaphyllumpulchrum200 dias
Notyliabarkeri110 dias
Odontoglossumcervantesii160 dias
Odontoglossumcirrhosum (+ rest of subgenus Erectolobata?)240-280  dias
Odontoglossuminsleayi330 dias
Odontoglossumspp.80-90 dias
Odontoglossumspp.350 dias
Odontoglossumspp. (& hybrids)80-140 dias
Oeceocladessaundersiana160-170 dias
Oerstedellacentradenia70 dias
Oncidiumaltissimum110-140 dias
Oncidiumampliatum45-50 dias
Oncidiumbahamense65-70 dias
Oncidiumbaueri110-140 dias
Oncidiumbrachyandrum260 dias
Oncidiumcarthagenense180-240 dias
Oncidiumcavendishianum180-240 dias
Oncidiumcebolleta110-130 dias
Oncidiumcheirophorum80-120 dias
Oncidiumcrispum120 dias
Oncidiumcimiciferum (flexuosum)133 dias
Oncidiumforbesii110-140 dias
Oncidiumhaematochilum325 dias
Oncidiumhastatum (x sib)120-130 dias
Oncidiumjonesianum255 dias
Oncidiumkramerianum110-130 dias
Oncidiumlanceanum90-120 dias
Oncidiumleucochilum180-240 dias
Oncidiumlimminghei110-140 dias
Oncidiumlucayanum90-120 dias
Oncidiumluridum65-70 dias
Oncidiummaculatum100-180 dias
Oncidiummicrochilum110-140 dias
Oncidiumpapilio130-170 dias
Oncidiumpulchellum90-120 dias
Oncidiumretemeyerianum65-70 dias
Oncidiumsanderae180-240 dias
Oncidiumsphacelatum90-120 dias
Oncidiumsplendidum110-140 dias
Oncidiumstacyi130-170 dias
Oncidiumstacyi135 dias
Oncidiumstipitatum159 dias
Oncidiumteres110-130 dias
Oncidiumtetrapetalum110-130 dias
Oncidiumtigrinum65-70 dias
Oncidiumtriquetrum393 dias
Oncidiumtruliferum150 dias
Oncidiumurophyllum120 dias
Oncidiumvariegatum65-70 dias
Orchismoriio65-70 dias
Orchismorio30 dias
Ornithocephalusgladiatus35-40 dias
Osmoglossumpulchellum (x self)106 dias
Paphiopedilumacmodontum196 dias
Paphiopedilumbellatulum (x self)240 dias
Paphiopedilumcallosum sublaeve (x self)230 dias
Paphiopedilumconcolour205 dias
Paphiopedilumdruryi235 dias
Paphiopedilumfairrieanum450 dias
Paphiopediluminsigne albomarginatum (x self)240-260 dias
Paphiopediluminsigne 'Hartfield Hall'348 dias
Paphiopedilumpurpuratum135 dias
Paphiopedilumspp.360 dias
Paphiopedilumsukhakulii240-300 dias
Paphiopedilumvenustum215 dias
Papilionanthe (Aerides)vandarum220 dias
Pescatoreaklabochorum130 dias
Phaiusmishmensis150 dias
Phaiusspp.100 dias
Phaiustancarvilleae120-150
Phaiustancarvilleae (x self)215 dias
Phalaenopsislindenii275 dias
Phalaenopsislobbii130 dias
Phalaenopsislueddemanniana v. Pulchra210 dias
Phalaenopsismannii240 dias
Phalaenopsispulchra "Pele" (x self)225 dias
Phalaenopsisviolacea "Borneo" (x sib)110-120 dias
Phragmipediumwallisii230 dias
Pleurothallisghiesbreghtiana (x self)300-330 dias
Pleurothallisphalangifera120 dias
Pleurothallisrestrepioides130-150 dias
Pleurothallistuerkheimii90-100 dias
Plocoglottislowii (x self)155 dias
Polycycnisbarbata1 - 3 meses
Polystachyabella (x self)125 dias
Polystachyapubescens200 dias
Porroglossummeridionale120 dias
Porroglossummuscosum110 dias
Porroglossumportillae95 dias
Promenaeaspp.95 dias
Promenaeastapelioides226 dias
Pseudolaeliavellozicola240 dias
Prostheciavitellina270 dias
Rangaerisamaniensis90-100 dias
Rangaerisamaniensis130-150 dias
Rangaerismusicola6 - 8 meses
Rangaerisrhipsalisocia5 - 6 meses
Renantheraspp.2 meses
Restrepiaantennifera150-180 dias
Restrepiaspp.100 dias
Restrepiellaophiocephala85-95 dias
Rhyncolaeliaglauca160 dias
Rhyncolaeliaspp.210-220 dias
Rhyncostylisgigantea120-180 dias
Rhyncostylisspp.235 dias
Rodrigueziaspp.150-250 dias
Rodrigueziellaspp.110-130 dias
Rossioglossumgrande110-130  dias
Rossioglossumgrande (self)270 dias
Schomburgkiagaleottiana "A" (self)301 dias
Schomburgkiaspp. (& hybrids)114 dias
Schomburgkiasuperbiens120-150 dias
Schomburgkiasuperbiens (x self)380 dias
Sederiajaponica110 dias
Sobenikoffiahumbertiana155 dias
Sobenikoffiarobusta8 - 10 meses
Sobraliamacrantha8 - 10 meses
Soderiajaponica115 dias
Sophronitellaviolacea165 dias
Sophronitellaviolacea (x sib)120 dias
Sophronitisbrevipedunculata170-200 dias
Sophronitiscernua (x self)170-200 dias
Sophronitisspp.200-300 dias
Spathoglottisplicata75-100  dias
Stanhopeaspp.45 dias
Stanhopeaoculata170 dias
Stanhopeawardii120-150 dias
Steniapallida185 dias
Stenorrhyncusspeciosum210 dias
Souticariahadweinii110 dias
Taeniophyllumlatilabre140-150  dias
Thuniamarshalliana (x self)160 dias
Tolumniavariegata70 dias
Trichocentrumtigrinum (x sib)70 dias
Trichopiliamarginata159 dias
Trichopiliaspp.135 dias
Trichopiliasuavis135 dias
Vandaburgeffi135 dias
Vandacoerulea290 dias
Vandahindsii (x self)290 dias
Vandaspp.150-195 dias
Vandaspp.150-250 dias
Vandasuavis480 dias
Vandatesselata (roxburghii)210-330 dias
Vandatricolor300 dias
Vandatricolor180-210 dias
Vandopsisparishii210 dias
Vandopsisspp. (& hybrids)210 dias
Vanillaaromatica75 dias
Vanillaplanifolia60 dias
Zootrophiondayanum210 dias
Zygopetalumcrinitum (x self)250-260 dias
Zygopetalumintermedium250-260 dias
Zygopetalumintermedium (x self)250-260 dias
Zygopetalummackayi223 dias
Zygopetalummusenianum (x self)223 dias

Referência

  • damianus.bmd.br

Abraços!

Utilizando bokashi nas orquídeas

10
orquideas.eco.br - bokashi

Você quer adubar suas orquídeas mas ao mesmo tempo não quer usar tanta coisa industrializada e sim algo mais natural? Talvez o bokashi seja uma excelente opção para você!

Considerado um produto milagroso, o bokashi possui várias adeptos no Brasil, significa em japonês “farelos fermentados”. Feito com diversos tipos de farelos de cereais como arroz, trigo e soja, fermentados por micro-organismos benéficos que fornecem diversos tipos de micro e macronutrientes à planta. Além destes elementos básicos, cada orquidófilo pode acrescentar diversos ingredientes afim de encontrar o produto ideal sua cultura, sendo que cada composição procura fornecer à planta o que ela mais precisa.

Existem dois métodos de fabricação. No primeiro, aeróbio, os farelos misturados passam pelo processo de fermentação ao ar livre. Nesse caso há uma dispersão de nitrogênio muito grande, além do mau cheiro. Já no processo anaeróbio a mistura fica acondicionada em sacos plásticos resistentes que retêm o nitrogênio.

Como é um adubo de liberação lenta, o bokashi deve ser aplicado a cada quatro ou cinco meses. Como o principal elemento do bokashi é a presença dos micro-organismos, é importante evitar o uso de fungicidas e bactericidas, pois eles morrerão e o bokashi perderá seu efeito. Sua dosagem não precisa ser elevada e normalmente meia colher de sopa na borda do vaso é suficiente. Mais que isto pode amarelar as folhas e até matar a planta.

Vantagens

O bokashi tem muitas vantagens em relação ao adubo convencional. Entre elas:

  • Estimula o equilíbrio da biota: favorece a mesofauna e os microrganismos benéficos;
  • Suprime o desenvolvimento de doenças por causa da proteção extra dada pelos micro-organismos presentes. Eles são antagônicos a muitos outros micro-organismos causadores de doenças nas orquídeas, ou seja, os micro-organismos q estão presentes no bokashi inibem o desenvolvimento de fungos e bactérias. Doenças como a podridão negra e murcha dos bulbos geralmente não são encontradas em plantas adubadas com bokashi;
  • Contem nutrientes na forma orgânica: quelados orgânicos, aminoácidos, açucares e outras que não estejam disponibilizados na forma de sais solúveis;
  • Substancias estimulantes vegetais: enzimas, ácidos orgânicos, fito hormônios, etc;
  • Matérias primas seguras, livre de contaminantes, sem resíduos poluentes, metais pesados, microrganismos patogênicos, etc.

Desvantagens

Infelizmente, nem tudo é perfeito quando utilizamos o bokashi. Devemos ter alguns cuidados ao utilizá-lo:

  • Devido à sua composição e forma de utilização, a desvantagem do bokashi é o eventual aparecimento de lesmas. É necessário ficar atento aos sintomas, como brotos e folhas comidas;
  • O uso em excesso de bokashi poderá criar desequilíbrio químico e nutricional, liberando os aminoácidos na seiva das plantas e favorecendo o ataque de pragas e doenças;

Você pode comprar o bokashi pronto ou se aventurar tentando fabricá-lo em casa. Caso queira se aventurar na fabricação do bokashi, você verá que existem inúmeras receitas na Internet, muitas deles complicadas (medir pH, temperatura, revirar o material todos os dias…) e que geram muito material.

Reproduzo esta receita proveniente do site Mungo-Verde, pois é mais simples e produz menos quantidade bokashi, sendo mais fácil fazê-la em casa.

Receita: como fazer seu bokashi em casa

A receita abaixo é de uma variante do bokashi chamada Kenki Bokashi. Para fazer o bokashi em casa você irá precisar dos seguintes materiais:

Ingredientes e materiais necessários

  • 4,5 quilo de farelo de arroz (ou trigo, soja, ou ainda um mix destes);
  • 1 quilo de torta de mamona;
  • 0,6 quilo de farinha de osso;
  • 0,5 quilo de cinza de madeira;
  • 0,5 quilo de palha de arroz ou casca de café;
  • 1 litro de solução EM-4 (microrganismos eficazes) ativado (ativa-se com 900 mililitros de água de nascente ou de mina (ou extremamente limpa), 50 mililitros de EM-4 e 50 gramas de açúcar);
  • 1 balde de 10 litros com tampa ou um recipiente equivalente que possa ser bem tampado;
  • 1 saco plástico resistente (exemplo: saco de lixo preto de 30 litros).

Lembre-se que o produto utiliza micro-organismos vivos e por isto não é recomendada a utilização de água tratada com cloro na produção do bokashi e na irrigação de plantas que o recebem. Caso essa seja a única opção, deixe a água descansar em um recipiente por 24 horas ou use um anti cloro comercial (lojas de aquário tem).

Como fazer

  1. Misture bem os ingredientes secos (farelo, torta, farinha, cinza e palha);
  2. Acrescente a solução de EM-4 aos ingredientes de modo homogêneo para que a umidade em toda mistura seja uniforme. Isto é essencial para que haja uma boa fermentação. Este preparado deve ter um teor de umidade que, ao formar um bolinho da mistura na mão e aperta-lo entre os dedos, sua consistência se mantenha mesmo depois de aberta a mão;
  3.  Coloque um saco plástico sem nenhum furo dentro do balde de 10 litros;
  4. Despeje a mistura preparada dentro do balde forrado e compacte o mais que puder;
  5. A umidade geralmente se acumula na superfície da embalagem, prejudicando também o processo de fermentação. Para evitar esse problema, preencha o espaço entre o saco plástico e a boca do balde com uma camada de 3 cm de farelo de arroz seco bem compactado;
  6.  Feche o saco plástico de modo que não entre ar na mistura e tampe o balde;
  7. ATENÇÃO: São nesses dois passos acima (4 e 5) que mora o segredo deste bokashi (Kenki Bokashi): a temperatura da fermentação anaeróbica não ira passar dos 50ºC. Para que ela ocorra perfeitamente não deve sobrar nenhum espaço com ar dentro do saco/balde. Qualquer abertura que possibilite a entrada de ar resultará em má fermentação da mistura e elevação da temperatura que poderá passar dos 50ºC prejudicando a qualidade do produto final que desejamos;
  8. Acondicione o balde em um local fresco e seco por um período de 15 a 20 dias;
  9. Após esse prazo, abra o balde e o saco plástico, retire a camada de farelo acrescentado no passo 5 e se exalar um cheiro agridoce agradável de fermentação láctica, a fermentação ocorreu com sucesso e o produto pode ser usado imediatamente. Se porventura o cheiro for fétido e nada agradável, provavelmente você não compactou direito a mistura ou deixou entrar ar durante a fermentação. Nesse caso a mistura deve ser descartada. Se houver também bolores brancos sobre a mistura, tudo bem. Se os bolores forem verdes ou pretos, descarte a mistura;
  10. O preparado deve ser usado o mais breve possível, ou espalhado sobre uma superfície protegida e deixá-lo secar a sombra, para que não entre em processo de fermentação aeróbica com elevação de temperatura. Durante a secagem do kenki bokashi haverá a multiplicação de fungos filamentosos, o que o deixa bem parecido com o seu irmão bokashi de fermentação aeróbica.

Utilizando o bokashi

Nos vasos de orquídeas, colocar 1 colher de café rasa por mês, em uma das bordas do vaso, longe da planta. Esta aplicação é mensal, e no próximo mês coloque-o na borda oposta, no mês seguinte comece a fazer uma cruz e assim por diante até o limite de 4 colheres para vasos pequenos, 6 para médios e 8 para grandes. Não use bokashi enquanto a planta estiver florida.

EM-4 ou microrganismos eficazes

EM (EM-4 ou EM-5) ou microrganismos eficazes são um conjunto de micro-organismos que vivem no solo naturalmente fértil. Nele coexistem mais de 10 gêneros e 80 espécies de micro-organismos chamados de eficazes pois agem no solo, fazendo com que a sua capacidade natural tenha plena ação.

Como fazer

Para fazer o EM-4 basta cozinhar uns 3 a 4 copos americanos de arroz sem óleo ou temperos até que ele fique parecendo uma papa. Coloque essa papa em uma mata sob as folhas caídas no chão (se quiser enterrar um pouco será melhor) e deixe lá por 1 semana. Colete o arroz e retire os bolores ou fungos de coloração preta e cinza, deixando somente os coloridos e de cor clara. Agora basta misturar com uns 5 litros de água (sem cloro), um pouco de farelo de arroz e 1 litro de caldo de cana e você já tem seu EM-4. Opcionalmente você pode misturar um potinho de Yakult para complementar os lactobacilos do EM-4. Guarde essa mistura à sombra em um local fresco e ventilado.

Referências

  • korin.com.br
  • aorquidea.com.br
  • paisagismobrasil.com.br
  • facavocemesmo.net
  • mungoverde.blogspot.com.br

Abraços!

Orquídeas: dicas para iniciantes

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São vários os fatores que influenciam no desenvolvimento de uma orquídea. Para tal, estas dicas abaixo podem vir a calhar.

Imaginar que, basta colocar aquela orquídea, comprada no mercado, em algum canto da casa e que assim você estará suprindo todas as suas necessidades é um grande erro. Não será assim que você obterá floradas abundantes e um crescimento vegetativo vigoroso.

Basicamente, uma orquídea necessita de cinco elementos para que possa desenvolver-se sadiamente:

  • Água e umidade;
  • Luz;
  • Temperatura;
  • Ventilação;
  • Adubação.

Como sempre falo aqui no site, é muito importante conhecer sua planta para prover aquilo que ela necessita para se desenvolver (e não apenas sobreviver).

Água e umidade

Talvez o principal elemento dos cinco, a água – e consequentemente a umidade – é um ponto chave do cultivo. Isto posto, é importante saber que não estou falando apenas do problema da falta de água para suas plantas. Você poderá matar uma orquídea afogada muito mais facilmente do que de sede. Aliás, o termo afogada é muito mais simplista neste caso do que realmente é. O excesso de água, seja por causa das chuvas prolongadas ou regas excessivas, causam o apodrecimento das raízes. Como normalmente as raízes estão envoltas pelo substrato, dentro dos vasos, o excesso de água sem a necessária aeração acabam por decompô-las, consequência da expansão dos fungos e bactérias em meio favorável.

Com o tempo de cultivo no orquidário aqui de casa, aprendi que uma boa prática é abrigar as plantas afim de evitar o excesso de chuvas. No meu caso, optei por um orquidário fechado com regas controladas. Você pode construir uma estrutura com cobertura sólida – plástico agrícola, telhas leitosas (minha opção) – a uma altura suficiente para que o ambiente fique ventilado (uns 3 metros, por exemplo). Se não puder construir um espaço próprio, transporte suas orquídeas para um abrigo em dias de chuvas prolongadas (ou geadas). Infelizmente, este caso só é viável se você tiver poucas plantas.

O ideal é que o substrato esteja sempre ligeiramente úmido, mas nunca encharcado. Via de regra, você deve molhá-las apenas quando o substrato estiver seco. Obviamente, as regas são mais frequentes no verão, primeiro porque o substrato seca mais rápido e, segundo, porque no inverno grande parte das orquídeas entram em uma fase de repouso. Saber quando regar talvez seja o grande desafio do orquidófilo. Cada gênero, cada espécie, têm exigências muito peculiares. Muitos orquidófilos optam por regar abundantemente, até a água escoar pelos furos do vaso. Depois, aguardam que o substrato seque para que uma nova rega seja efetuada. É uma regre genérica, não válida para todas as orquídeas, mas quer faz com que a possibilidade de errar seja menor. As espécies do gênero Cattleya, muito populares, gostam deste tipo de rega. Já as espécies do gênero Phalaenopsis, Miltonia, Cymbidium e Paphiopedilum devem ter o substrato ligeiramente úmido. Uma boa forma de lembrar é: quanto maior a planta, maior a área de evaporação, logo, ela exige uma rega mais constante.

É importante salientar que alguns fatores interferem na velocidade de secagem do substrato. O tipo de substrato, o material e tamanho do vaso, a intensidade da luz, a temperatura, a ventilação e umidade ambiente são fatores importantíssimos neste aspecto.

Vasos não porosos, como os de plástico ou cerâmica vitrificada, propiciarão uma secagem mais lenta. Já os vasos de argila e cachepôs secarão mais rapidamente. Para ler mais sobre vasos, leia meu artigo clicando aqui. É bom lembrar que uma temperatura mais elevada ou uma circulação de ar melhor fará com que a evaporação aconteça mais rapidamente. Evite manter os vasos diretamente sobre os pratinhos, pois a água acumulada impede a oxigenação das raízes, o que é imprescindível para que uma boa ventilação chegue até as raízes. Afim de evitar isto, pode-se colocar pedra brita no pratinho, com um pouco de água, desde que não atinja a base do vaso. Em dias muito quentes, você pode borrifar água em volta da planta, com cuidado para não molhar a junção das folhas. Cultivá-las no mesmo ambiente das samambaias e bromélias também pode ser um bom recurso para aumentar a umidade do ambiente.

Lembre-se que plantas recém divididas também precisam de um regime de rega um pouco diferente. Como suas raízes não têm o mesmo poder de absorção, deve-se limitar a borrifar o substrato durante 3 semanas e, só quando começarem a surgir as raízes, voltar a regar normalmente. As plantas em flor precisam de menos água e, depois da floração, é necessário reduzir ainda mais a rega, até que comece a nova brotação e assim recomeçar todo o ciclo.

Luminosidade

Princípio básico dos seres vivos que realizam a fotossíntese, a luz é um elemento essencial para as orquídeas. Novamente, a intensidade luminosa poderá variar, de acordo com a espécie. As orquídeas podem vegetar na sombra, meia sombra, luminosidade intensa e até em pleno sol. Via de regra, elas não devem receber luz direta, exceto quando são raios matinais. Este é um dos motivos que fazem com que o orquidófilo opte por construir um orquidário para abrigá-las ou então abrigá-las sob as árvores, assemelhando um pouco com o que elas encontram na natureza.

Saber se a quantidade de luz é suficiente para sua orquídea é simples, bastando observar suas folhas. Se as folhas das orquídeas aparentarem uma cor verde-alface, significa que a quantidade de luz fornecida está boa. Se o verde estiver mais escuro, tendendo para o verde garrafa, você está fornecendo pouca luz à suas plantas. O resultado disto, no caso das Cattleyas e gêneros afins, é o alongamento e caimento dos bulbos, causando prejuízos para a inflorescência. Por outro lado, se a cor das folhas parecer um verde amarelado, sua orquídea está recebendo luz em excesso. Isto poderá causar desidratação e atrofiamento da planta. Neste caso, é necessário proteger as plantas em algum tipo de estrutura, como telas, sombrite ou ripado.

Como referência, é bom saber que na sombra vegetam as micro-orquídeas, Paphiopedilum e Miltonia. Em meia sombra vegetam Cattleyas, Coelogyne, algumas espécies de Dendobrium, Laelia em geral (exceto as rupícolas, que vegetam nas rochas e que precisam de luminosidade intensa), algumas espécies de Oncidium e a Sophronitis Coccinea. Em uma luminosidade intensa vegetam Catasetum, Laelia do tipo rupícola, Cattleyas walkeriana e nobilior, Dendrobium nobile e Vanda. Enfim, sob Sol pleno vegetam Vanda teres, Brassavola tuberculata e Renanthera.

Temperatura

A temperatura é outro fator que influencia bastante o cultivo de determinadas espécies. Acontece de orquídeas de clima quente, que toleram temperaturas elevadas – picos de 35ºC no verão – não se adaptam em locais onde a temperatura média fica em torno de 15ºC. Espécies como as Vandas e Phalaenopsis tem dificuldades para se adaptar em climas mais frios.

Orquídeas de clima temperado, ou seja, entre 15ºC e 28ºC, adaptam-se melhor ao clima de parte do nosso país. Entre elas estão alguns Paphiopedilum, Cattleyas, alguns Dendobriums e alguns Oncidium.

Entre as orquídeas de clima frio, quando a máxima fica em torno de 20ºC e a mínima chega a 0ºC, são os Cymbidium, Odontoglossum e a maioria dos Paphiopedilum. Mesmo assim, estas plantas resistem a temperaturas um pouco mais baixas ou elevadas, desde que não permaneçam expostas por períodos prolongados.

Aqui no Brasil não temos a necessidade de aquecimento artificial. Entretanto, as plantas precisam ser protegidas do vento frio e úmido durante o inverno. Por outro lado, o calor excessivo deve ser compensado com regas mais intensas ou água pulverizada no ambiente e sobre as folhas.

Ventilação

Uma das coisas que aprendi com o passar dos anos é que, tão importante quanto água e luz, é a tal da ventilação. Procure manter suas plantas ou construir seu orquidário em um lugar bem arejado. Se você construir uma estrutura para suas plantas, lembre-se que no frio intenso, as plantas devem ser protegidas das correntes de ar geladas. No meu caso, eu construí o orquidário na parte mais alta do terreno, de forma que o vento “encana” de tal forma que sempre atravessa o orquidário por completo. Assim, fica fácil protegê-las no inverno (praticamente só tenho que fechar algumas saídas de ar, e no verão a ventilação é constante, não esquentando demais o ambiente. Se você for cultivar suas plantas dentro de casa, lembre-se de escolher locais onde a abertura de portas e janelas promovam uma boa circulação de ar.

Adubação

Já falei algumas vezes sobre adubação aqui no site. Você pode conferir um post sobre adubação clicando aqui. Existem muitos preparados no mercado fabricados exclusivamente para o cultivo de orquídeas, como o Peters, o Plant-Prod e o nacional B&G, que eu utilizo atualmente. Basicamente, um fertilizante equilibrado irá conter macro e micro nutrientes, como descrito em outro post que publiquei há algum tempo (clique aqui para ler). A principal diferença está na quantidade dos macronutrientes: considerando que a sigla NPK significa Nitrogênio, Fósforo e Potássio, a formulação NPK 30-10-10 é utilizada para as plantas novas, em fase de crescimento e para estimular a brotação e enraizamento das plantas adultas. NPK 18-18-18 ou 20-20-20 é utilizado para o crescimento em geral. O NPK 10-30-20 é utilizado para os quatro a seis meses que antecedem a floração. Por fim, o NPK 7-6-19 é utilizado para o período próximo à floração, até o momento em que os botões estão formados. Também importantes, os micronutrientes são compostos de Magnésio, Ferro, Manganês, Boro, Cobre, Zinco e Molibdênio.

Os adubos mais modernos tem incorporados hormônios vegetais e o espalhante fixador para o produto se conservar colado à planta tempo suficiente para ser absorvido. Lembre-se de preparar o adubo de acordo com as indicações do fabricante, pois o excesso pode ser prejudicial à planta. Após a aplicação do adubo, deixar que as plantas assimilem o adubo por pelo menos 48 horas antes da próxima rega.

Referência

  • damianus.bmd.br

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